O TIPO -
Teatro Inédito do Porto nasceu em 2011, pela mão do jovem actor Paulo Freitas. Desde
então, foram levados a cena 5 espectáculos (“4 Peças Curtas”, “O Estádio”, “A
Conta que Deus Fez”, “Anteontem” e “Rádio Saudade”) que passaram por Braga,
Mogadouro, Viseu, Taveiro, Vila do Conde, Coimbra, Maia, Lisboa e Évora, para
além do Porto, cidade que nos viu nascer a partir da qual criamos.
Somos assumidamente uma companhia de texto, que vive de palavras nunca antes ditas, de textos inéditos, nunca levados a cena. Interessa-nos, acima de tudo, o uso da palavra como veículo maior da comunicação. Acreditamos que a encenação está ao serviço do texto e não o oposto. O texto não é um mero guião do objecto artístico. O texto é o objecto artístico, a encenação é o veículo para o mostrar ao público.
Nestes tempos em que vivemos tão desenraizados de tudo, queremos contar estórias ligadas às nossas raízes, devolvendo à palavra a sua magia.
Somos assumidamente uma companhia de texto, que vive de palavras nunca antes ditas, de textos inéditos, nunca levados a cena. Interessa-nos, acima de tudo, o uso da palavra como veículo maior da comunicação. Acreditamos que a encenação está ao serviço do texto e não o oposto. O texto não é um mero guião do objecto artístico. O texto é o objecto artístico, a encenação é o veículo para o mostrar ao público.
Nestes tempos em que vivemos tão desenraizados de tudo, queremos contar estórias ligadas às nossas raízes, devolvendo à palavra a sua magia.
Testemunhos
"ANTEONTEM" por Zeferino Mota (Professor na ACE - Academia Contemporânea do Espectáculo)
"Anteontem" nada tem a ver com modismos ou com vaidades pessoais, estamos nas antípodas de um teatro de desenraizamento típico da cultura-mundo que tende a nos transformar em seres desorientados sem acuidade crítica e sem memória.
Duas personagens “desabafam” com o público, na impossibilidade de comunicarem entre si. Só que para além da violência com que um resiste e da violência com que o outro agride, os monólogos são diálogos permanentes pela forma como revelam uma coincidente vulnerabilidade. A paixão pela mãe, a necessidade de herói, a sensação de solidão a cada abandono, a tremenda fragilidade da infância são comuns a todos nós, mesmo àqueles que torturam e que matam. O modo como tal me foi revelado neste projecto teatral é perturbador sem que tal “humanização” represente, a qualquer momento, um branqueamento da barbárie fascista.
"Anteontem" ajudou-me, ainda, a compreender que no meu país, malgrado tantos obstáculos, as gerações deram-se continuidade, não se eliminaram apenas; dotando-me de esperança num Presente constituído por pessoas que, entre si, e através também do teatro, começam a comunicar aquilo que é significativo para a sua identidade.
"4 PEÇAS CURTAS" por Jorge Geraldo (Programador Cultural do Teatro Loucomotiva)
Numa aparente, aposta às escuras, tive a felicidade de acreditar num projecto que se mostrou um sucesso na programação do Teatro Loucomotiva. Foi com “4 Peças Curtas” que o Teatro Loucomotiva iniciou a sua Programação Cultural exterior, isto é, a peça a cargo do T.I.P.O. teve o privilégio de ser o primeiro trabalho não Loucomotiva a mostrar-se à comunidade de Taveiro/Coimbra. Estávamos no dia 16 de Setembro de 2011.
Um espectáculo constituído por 4 peças sem ligação entre si, o público riu, contemplou, sorriu e aplaudiu de pé de forma genuína. Uma lotação a ocupar metade dos lugares disponíveis de um auditório de 102 lugares, uma experiência que agradou sobremaneira espectadores, directores e técnicos do Loucomotiva que se deslocaram nessa noite ao Teatro. A experiência foi tão positiva, que logo se chegou a acordo para receber uma nova produção do T.I.P.O., experiência que teremos o prazer de repetir em Março deste ano (2012).
Desde o primeiro email trocado que algo me fez acreditar neste projecto, a verdade é que o T.I.P.O. possui algo que lhes garante o sucesso, nada mais nada menos que… talento.
"Anteontem" nada tem a ver com modismos ou com vaidades pessoais, estamos nas antípodas de um teatro de desenraizamento típico da cultura-mundo que tende a nos transformar em seres desorientados sem acuidade crítica e sem memória.
Duas personagens “desabafam” com o público, na impossibilidade de comunicarem entre si. Só que para além da violência com que um resiste e da violência com que o outro agride, os monólogos são diálogos permanentes pela forma como revelam uma coincidente vulnerabilidade. A paixão pela mãe, a necessidade de herói, a sensação de solidão a cada abandono, a tremenda fragilidade da infância são comuns a todos nós, mesmo àqueles que torturam e que matam. O modo como tal me foi revelado neste projecto teatral é perturbador sem que tal “humanização” represente, a qualquer momento, um branqueamento da barbárie fascista.
"Anteontem" ajudou-me, ainda, a compreender que no meu país, malgrado tantos obstáculos, as gerações deram-se continuidade, não se eliminaram apenas; dotando-me de esperança num Presente constituído por pessoas que, entre si, e através também do teatro, começam a comunicar aquilo que é significativo para a sua identidade.
"4 PEÇAS CURTAS" por Jorge Geraldo (Programador Cultural do Teatro Loucomotiva)
Numa aparente, aposta às escuras, tive a felicidade de acreditar num projecto que se mostrou um sucesso na programação do Teatro Loucomotiva. Foi com “4 Peças Curtas” que o Teatro Loucomotiva iniciou a sua Programação Cultural exterior, isto é, a peça a cargo do T.I.P.O. teve o privilégio de ser o primeiro trabalho não Loucomotiva a mostrar-se à comunidade de Taveiro/Coimbra. Estávamos no dia 16 de Setembro de 2011.
Um espectáculo constituído por 4 peças sem ligação entre si, o público riu, contemplou, sorriu e aplaudiu de pé de forma genuína. Uma lotação a ocupar metade dos lugares disponíveis de um auditório de 102 lugares, uma experiência que agradou sobremaneira espectadores, directores e técnicos do Loucomotiva que se deslocaram nessa noite ao Teatro. A experiência foi tão positiva, que logo se chegou a acordo para receber uma nova produção do T.I.P.O., experiência que teremos o prazer de repetir em Março deste ano (2012).
Desde o primeiro email trocado que algo me fez acreditar neste projecto, a verdade é que o T.I.P.O. possui algo que lhes garante o sucesso, nada mais nada menos que… talento.